A partir do segundo semestre, cerca de 40 instituições começarão a fazer uso do sistema alternativo.
BRASÍLIA – A geração de energia a partir de painéis fotovoltaicos começa a sair do mundo das experiências tecnológicas para entrar no dia a dia da população. No segundo semestre deste ano, cerca de 40 escolas municipais localizadas em diferentes Estados do País começarão a fazer uso da energia solar.
Os projetos serão tocados com recursos de emendas parlamentares que foram incluídas no Orçamento da União deste ano. Ao todo, serão destinados R$ 2,6 milhões para escolas municipais. Desse total, R$ 1,2 milhão será enviado para escolas de Belém (PA), R$ 250 mil para escolas do Rio de Janeiro (RJ) e R$ 180 mil para escolas de São Matheus (ES). Os Estados de Piauí e Goiás, que receberam R$ 500 mil cada para tocar esses projetos, ainda definirão que escolas e municípios serão atendidos. Cada instalação nas escolas deve custar entre R$ 65 mil e R$ 70 mil.
Até hoje, apenas duas escolas municipais – Professor Oswaldo Aranha, localizada em Itaquera, em São Paulo, e Professor Milton Magalhães Porto, em Uberlândia (MG) – fazem uso dos painéis solares para gerar energia, experiências que tiveram início em 2015 e que já apresentam resultados. Os dois projetos foram realizados com arrecadação de recursos pela internet.
Na escola mineira, o financiamento coletivo permitiu a instalação de 48 placas fotovoltaicas, em abril de 2015. O resultado surpreendeu. A conta de luz de R$ 1,3 mil que a escola costumava pagar por mês caiu para cerca de R$ 300, uma economia de aproximadamente 75%. No primeiro ano, a escola usou cerca de R$ 15 mil que seriam gastos com energia para fazer outras atividades com os alunos, como excursões.
Segundo Barbara Rubim, do Greenpeace, o objetivo é sensibilizar mais parlamentares no ano que vem, com expectativa de que o orçamento para esses projetos dobre. Neste ano, as emendas foram apresentadas pelos deputados Alessandro Molon (Rede-RJ), Edmilson Rodrigues (Psol-PA), Jorge Silva (PHS-ES), Daniel Vilela (PMDB-GO) e a senadora Regina Sousa (PT-PI).